anticoncepção

Titulo de tratamento

Há inúmeros métodos de anticoncepção disponíveis para prevenção da gravidez. No entanto, a escolha de um desses recursos é uma decisão nem sempre simples. Deve considerar o planejamento reprodutivo futuro, custo, efeitos colaterais, doenças coexistentes e preferência da paciente. O objetivo da consulta é ajudar as mulheres e os homens a atingirem seu planejamento reprodutivo da forma desejada. Sobretudo através de orientação sobre as diversas opções, alinhadas às preferências de cada casal.

A eficácia de cada método de anticoncepção varia muito e está ligada, principalmente, à facilidade ou não do uso. Assim, recursos que não dependem da paciente, como DIU (dispositivo intrauterino) ou implante, costumam ser mais eficazes. Em contrapartida, métodos cujo uso depende diretamente da paciente, como as pílulas, podem falhar mais. Abaixo segue uma tabela simplificada quanto à eficácia dos métodos mais populares. Note que a eficácia é dividida entre uso típico e uso perfeito, que varia de acordo com as características do método:

Confira:

 

Método Uso típico (%) Uso perfeito (%)
DIU de cobre ou Mirena® <1 <1
Implante <1 <1
Laqueadura <1 <1
Vasectomia <1 <1
Pílulas ou anel vaginal 9 <1
Injetável trimestral

(Depo-Provera)

6 <1
Preservativo masculino 18 2
Métodos comportamentais 25 5

 

O melhor método de anticoncepção é aquele que a paciente vai conseguir usar corretamente, que é aceitável para ela e o para o parceiro. Além disso, que não tenha contraindicações e não cause efeitos colaterais indesejáveis. Algumas considerações importantes para discutir com o médico na escolha do método: eficácia, reversibilidade, conveniência, facilidade no uso, efeito no sangramento menstrual, efeitos colaterais e proteção contra doenças sexualmente transmissíveis.

Principais métodos de anticoncepção

 

Entre os recursos de anticoncepção mais populares, estão o preservativo masculino e as pílulas contraceptivas.

As pílulas podem ser compostas por dois tipos de hormônios – estrógeno e progesterona – ou então apenas por progesterona. São consideradas um método com boa eficácia, desde que usadas da forma adequada. Assim, devem ser tomadas diariamente, de preferência na mesma hora do dia. As pílulas evitam a gravidez através do bloqueio da ovulação, alteração do muco cervical e no endométrio. Desse modo, costumam ter poucos efeitos colaterais, sendo que os mais comuns são náuseas, sensibilidade mamária e cefaleia. Além disso, alterações discretas de humor e sangramento prolongado em pequena quantidade podem surgir, mas são sintomas que costumam desaparecer após 1 ou 2 meses de uso.

Por outro lado, diminuem o sangramento menstrual, melhoram a cólica e a acne. As pílulas evoluíram muito desde que foram lançadas, por isso são uma ótima escolha e um método largamente utilizado. Além das pílulas, há outros tipos de métodos hormonais como, por exemplo, as injeções, o anel vaginal e o adesivo. O mecanismo de ação e a eficácia são semelhantes, diferindo apenas na forma de utilização.

O preservativo é considerado um método de barreira, uma vez que impede o espermatozoide de alcançar o óvulo. Para ser eficaz deve ser usado de forma cuidadosa e rigorosa. A grande vantagem do preservativo, com toda a certeza, é a proteção contra doenças sexualmente transmissíveis.

As esterilizações cirúrgicas (laqueadura e vasectomia) são métodos definitivos. Apesar de, atualmente, haverem técnicas cirúrgicas de reversão, devem ser considerados apenas para casais que não desejam mais ter filhos e sua indicação tem que ser amplamente discutida com o casal.

Abaixo algumas considerações sobre os dispositivos intrauterinos (DIU) e sobre o implante:

  • Dispositivo intrauterino (DIU)

Os DIUs são métodos reversíveis de longa duração. Há, basicamente, dois tipos de DIU, o DIU de cobre (ou DIU TCu 380) e o DIU com Levonorgestrel (também chamado de SIU LNg – Mirena®). Ambos têm a forma de T , contudo a diferença entre eles é que o DIU de cobre contém apenas cobre na haste, enquanto o SIU LNg libera o levonorgestrel (um tipo de progesterona). Por isso, os DIUS são considerados métodos de alta eficácia. Os principais mecanismos de ação são alteração no muco cervical, ação espermicida e alterações no endométrio. O DIU de cobre não interfere com a ovulação. Com o Mirena, a inibição da ovulação vai depender do tempo de uso, mas a maioria das mulheres vai continuar ovulando normalmente.

Os principais benefícios do DIU são a alta eficácia, fácil reversibilidade, poucos efeitos colaterais, facilidade no uso, não interferência com a atividade sexual, poucas contraindicações e custo relativamente barato. O DIU de cobre é aprovado para 10 anos de uso, enquanto o Mirena® para 5 anos, mas, caso a mulher queira, podem ser retirados antes. A inserção costuma ser feita em consultório médico, apenas com o uso de analgésicos e anti-inflamatórios via oral. Então, na maioria das vezes é fácil e bem tolerada. A inserção hospitalar com sedação é reservada à alguns casos selecionados, seja por intolerância da paciente ou dificuldade na passagem do DIU.

  • Implante contraceptivo

O implante hormonal é um tubo fino que contém progesterona (etonogestrel). O nome comercial do produto disponível no Brasil é Implanon®. É um método de anticoncepção com ótima eficácia e tem duração de até 3 anos. O implante é inserido na face medial do braço e assim a progesterona vai sendo liberada lentamente. Dessa forma, leva a modificações no muco cervical, na migração dos espermatozoides e na implantação, consequentemente evitando a gravidez.

Em algumas mulheres há inibição da ovulação, mas esse não é o principal efeito. As maiores vantagens do implante são a eficácia, que chega a ser semelhante à da laqueadura e vasectomia, a facilidade no uso e a reversibilidade. O principal efeito colateral é o sangramento irregular, que costuma ser mais pronunciado nos primeiros meses de uso. A inserção e a retirada são simples, feitas no consultório pelo médico, sendo necessário apenas anestesia local.

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